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O mel que outros faveiam. Guimarães Rosa e a antropologia Kleyton Rattes Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2016. 322p. A obra lança um olhar sobre a literatura de Guimarães Rosa, a partir de uma série de questões epistêmicas. Cruzando tradições, o livro forja diálogos entre a literatura rosiana e a antropologia, ao explorar as noções de “autoria” e “narrativa”, de “mito” e “ritual”, de “linguagem” e “cosmologia”, de “paradoxo” e “neologismo”, de “poética” e “tradução”, de “mundo mágico” e “desencantado”. O argumento geral é que há paralelos entre as soluções rosianas e antropológicas, ao dilema de como solucionar, na escrita, o problema do “lugar entre culturas”, que se apresenta vinculado à questão de como conciliar realidades concomitantes e antinômicas. Este livro é sobre a importância de alguns destes diálogos, que nem sempre são levados a sério, muito embora afirmados de modo recorrente. O romance Grande Sertão: Veredas, a novela Meu Tio o Iauaretê e o conto Bicho Mau são as três obras rosianas centrais a este livro, que, por sua vez, estabelece pontes com o estruturalismo francês, a etnologia ameríndia e algumas perspectivas sobre tradução antropológica. Veja mais detalhes aqui.
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Prazeres Perigosos. Erotismo, gênero e limites da sexualidade Maria Filomena Gregori São Paulo: Companhia das Letras, 2016, 288p. Olhar atento sobre novas expressões do mercado erótico contemporâneo, "Prazeres Perigosos", de Maria Filomena Gregori, professora livre-docente da Unicamp, trata das articulações entre gênero e sexualidade, prazer e perigo, dos processos relativos à ampliação ou restrição de normatividades sexuais, bem como dos 'limites da sexualidade' - a zona fronteiriça na qual normas, transgressões, prazeres, abusos, dores e consentimentos habitam. O que é o erotismo? Como homens e mulheres consomem pornografia? Como o mercado se transformou com a chegada do 'erotismo politicamente correto'? Essas são algumas das perguntas exploradas nesse estudo. O livro é diretamente tributário da tese de livre-docência da autora, que pode ser acessada aqui Para mais detalhes sobre a obra, vá ao site da Companhia das Letras. Veja, também, reportagens acerca da obra em O Globo e na Folha de São Paulo Sociologia Religiosa e Folclore Robert Hertz Petrópolis: Vozes, 2016, 271p. Apesar de ter tido a vida e a promissora carreira interrompida prematuramente pela I Guerra Mundial, Robert Hertz (1881-1915), expoente da chamada Escola Sociológica Francesa e membro ativo do grupo do L'Anné Sociologique, legou trabalhos duradouros para as ciências sociais. "Sociologia Religiosa e Folclore", publicado pela Editora Vozes, sistematiza a obra de Hertz, apresentando, em um mesmo volume, os seguintes estudos: Contribuição para um estudo sobre a representação coletiva da morte (1907); A preeminência da mão direita - Estudo sobre a polaridade religiosa (1909); São Besso - Estudo de um culto apestre (1913); Contos e provérbios coletados na frente de combate entre os soldados da Primeira Guerra Mundial; e Seitas Russas - resenha do livro Die Russichen Sketen, de Karl K. Grass (1907). A obra pode ser consulta aqui. A reimpressão da tradução para o inglês de "A preeminência da mão direita", feita por Rodney e Claudia Needham, pode ser consultada no volume 3, nº 2, da Hau. Artigo recente publicado em Religião & Sociedade sobre a Festa de São Besso pode ser consultado neste link. Os antropólogos – de Edward Taylor a Pierre Clastres Everardo Rocha e Marina Frid Rio de Janeiro: Editora PUC Rio; Petrópolis: Vozes. 2015. 304p. Cada ensaio dessa coletânea cobre os conceitos-chave, os percursos, as influências, as principais obras, situadas em seu contexto de produção, e o legado intelectual dos dezesseis antropólogos e das três antropólogas analisados no livro. Os capítulos, com entre 15 e 20 páginas cada, foram escritos por acadêmicos extremamente familiarizados com os autores revistos, o que atesta a seriedade desse empreendimento – Luís Fernando Dias Duarte assina o capítulo sobre Dumont e Mariza Peirano sobre Leach, para ficar apenas com dois exemplos. Embora haja algumas (inevitáveis) ausências, há capítulos dedicados aos seguintes ‘clássicos’: Edward Tylor, James Frazer, Franz Boas, Marcel Mauss, Van Gennep, Radcliffe-Brown, Bronislaw Malinowski, Ruth Benedict, Margaret Mead, Evans-Pritchard, Lévi-Strauss, Edmund Leach, Louis Dumont, Victor Turner, Mary Douglas, Erving Goffman, Clifford Geertz, Marshall Sahlins e Pierre Clastrers. Como atestado pelos organizadores, o livro, que se propõe a ser uma fonte de pesquisa, destina-se a três grupos de leitores: a profissionais e estudantes de pós-graduação, em especial da antropologia; a estudantes de graduação em seus primeiros encontros com os autores revisados, e a consumidores de informação sobre a temática da cultura. Acresça-se o valor didático da obra, simultaneamente informativa, concisa e consistente (apenas um capítulo destoa, em termos qualitativos, dos demais). A “Os Antropólogos – de Edward Tylor e Pierre Clastres” deve-se reservar um lugar na estante, portanto. Veja mais detalhes aqui. O nascimento do Brasil e outros ensaios. “Pacificação", regime tutelar e formação de alteridades João Pacheco de Oliveira Rio de Janeiro: Contracapa, 2016, 364p. O livro reúne conferências e artigos publicados em revistas ou em coletâneas escritos nos últimos anos por João Pacheco de Oliveira, professor titular do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, UFRJ. Apesar de concebidos em diferentes momentos e com motivações distintas, os textos, que mantiveram sua versão original, ou foram pouco modificados, mantêm uma relação de dependência e complementaridade, como atesta o autor no prefácio especialmente escrito para a coletânea. Os oito capítulos reunidos em “O Nascimento do Brasil e Outros Ensaios” não se propõem a ser um exercício circunscrito de história indígena, etno-história, ou etnológia indígena, consistindo, antes, em exercícios de antropologia histórica. Dá-se primazia a reflexões sobre os conjuntos das relações estabelecidas entre os indígenas e os demais atores e forças sociais que com eles interagiam, concebendo-os enquanto protagonistas e agentes efetivos da construção do Brasil. Veja mais detalhes sobre a obra aqui Para se ter acesso e outras informações sobre a substantiva e imprescindível contribuição da obra de João Pacheco de Oliveira, acesse o site http://jpoantropologia.com/site/pt/ Dívida: os primeiros 5.000 anos David Graeber São Paulo: Três Estrelas, 2016, 704p. Sucesso de crítica e público, Dívida: os Primeiros 5.000 anos, de David Graeber, revisa perspectivas sobre a história da dívida e do crédito, assim como a origem do dinheiro, além de consistir em uma vigorosa reflexão em torno do capitalismo. Com efeito, o autor , um dos principais nomes da antropologia contemporânea, não deixa de salientar as razões presentes para se reexaminar a história da dívida. Graeber, autor, dentre outras obras, de "Fragmentos de uma Antropologia Anarquista" (2004), cuja tradução é facilmente localizável no Google, revisita, nesse extenso livro composto de 15 capítulos, temas caros à teoria antropológica, conceitos centrais da disciplina, como reciprocidade e troca, e 'mitos' que formam a base de pressuposições sobre a natureza da sociedade e da economia. A obra pode ser consultada aqui. Entrevista sobre o livro, concedida pelo autor ao Jornal O Globo, está disponível no link. O Individualismo e os Intelectuais Émile Durkheim São Paulo: Edusp, 2016, 185p. Primeiro volume da Coleção Biblioteca Durkheimiana, a obra é apresentada em edição bilíngue acrescida de dossiê temático com artigos de especialistas que abordam o pano de fundo político, moral, intelectual e institucional do texto, bem como seus pressupostos teóricos. Artigo publicado originalmente em 1898 no contexto do caso Dreyfus, “O Individualismo e os Intelectuais” consistiu em uma reação de Émile Durkheim (1858-1917) a artigo de Ferdinand Brunetière (cuja tradução faz parte do volume), tendo produzido grande polêmica em sua época, embora tenha caído em virtual esquecimento nas décadas seguintes. A Coleção Biblioteca Durkheimiana é coordenada por Rafael Faraco Benthien e Raquel Weiss, consistindo em iniciativa do Centro Brasileiro de Estudos Durkheimianos. Consulte uma amostra do livro no site da Edusp. Estudo sumário da representação do tempo na religião e na magia Henri Hubert São Paulo: Edusp, 2016, 160p. Publicado originalmente em 1905, "Estudo Sumário da Representação do Tempo na Religião e na Magia", de Henri Hubert (1872-1924), é finalmente traduzido para o português em cuidadosa edição bilíngue, além de contar com anexos – resenhas escritas por Marcel Mauss, Jean Lafitte e Salomon Reinach – e com um dossiê crítico com textos de Christine Lorre (“Henri Hubert, esse desconhecido”), Jean-François Bert (“Hubert, Durkheim, Mauss: amizades e filiações?) e Rafael Faraco Benthien (“Tempo social e categorias de entendimento”). Mais conhecido pelos textos escritos em colaboração com Marcel Mauss, Hubert não deixou de seguir o conteúdo programático da Escola Sociológica Francesa em Estudo Sumário, embora apresente perspectivas e ênfases próprias. A obra é o segundo volume da Coleção Biblioteca Durkheimiana, coordenada por Rafael Faraco Benthien e Raquel Weiss, iniciativa do Centro Brasileiro de Estudos Durkheimianos. Acesse mais informações sobre a obra aqui Parentesco Americano. Uma abordagem cultural David Schneider Petrópolis: Vozes, 2016, 152p. A mais célebre obra de David Schneider (1918-1995), publicada originalmente em 1968, é uma tentativa substancial de tratar o parentesco enquanto um sistema de símbolos e significados, e não meramente como uma rede de relações funcionalmente integradas. Para Schneider, a ideologia das relações entre parentes nos Estados Unidos é perpassada por características subjacentes que definem o parentesco – natural vs. legal, substância vs. código, por exemplo. Esse livro restituiu ao parentesco um papel central na teoria antropológica como um todo. Schneider influenciou decisivamente autores como Roy Wagner, de quem foi orientador, Janet Carsten e seu colega de departamento na Universidade de Chicago, McKim Marriott, grande especialista sobre a Índia. A tradução da Editora Vozes baseia-se na 2º edição do livro, lançada em 1980 com um capítulo adicional de resposta a críticos. Veja a descrição da obra no site da editora acessando aqui. Consulte resenha aqui. Os Sertões – Edição crítica Euclides da Cunha São Paulo: Ubu, 2016, 704p. Escrito a partir de um trabalho jornalístico sobre a rebelião de Canudos, Os Sertões, de Euclides da Cunha, é apresentado em cuidadosa e luxuosa edição crítica organizada por Walnice Nogueira Galvão. Além dos três consagrados capítulos – “A Terra”, “O Homem” e “A Luta” –, a nova edição conta com a reprodução das cadernetas do autor, um conjunto de imagens, único registro fotográfico conhecido do conflito, e fortuna crítica com textos de Walnice Nogueira Galvão, José Veríssimo, Araripe Junior, Sílvio Romero, Gilberto Freyre, Antonio Candido, Olímpio de Souza Andrade, Maria Isaura Pereira de Queiroz, Duglas Teixeira Monteiro, Franklin de Oliveira, José Calasans, Antônio Houaiss, Luiz Costa Lima e Roberto Ventura. Saiba mais e visualize uma prévia da obra no site da Editora Ubu Mais alguma antropologia. Ensaios de geografia do pensamento antropológico Marcio Goldman Rio de Janeiro: Ponteio, 2016, p. 192p. Fazendo eco a seu já clássico livro, publicado há 15 anos, Marcio Goldman, professor titular do PPGAS Museu Nacional/UFRJ, apresenta, em “Mais Alguma Antropologia – Ensaios de geografia do pensamento antropológico”, ensaios sobre as obras e os problemas presentes nos escritos de figuras-chave (algumas delas 'menores') do pensamento antropológico: Godfrey Lienhardt (1921-1993), Claude Lévi-Strauss (1908-2009), Pierre Clastres (1934-1977), Jeanne Favret-Saada (1934), Marilyn Strathern (1941) e Roy Wagner (1938). Os capítulos são republicações, sem alterações substanciais, de textos já publicados em distintos periódicos, acrescidas de pequenos parágrafos introdutórios que situam os originais no contexto em que foram escritos. A obra, de indispensável leitura, pode ser adquirida nos sites de grandes livrarias. O perfil do autor no academia.edu pode ser acessado aqui Raízes do Brasil – Edição crítica Sérgio Buarque de Holanda São Paulo: Companhia das Letras. 2016, 544p. Organizada por Lilia Schwarcz e Pedro Meida Monteiro, a edição crítica de Raízes do Brasil amplia o debate sobre essa obra fundadora sobre a sociedade brasileira, incorporando apreciações célebres – como o prefácio à quinta edição de Antonio Candido – e nove posfácios de especialistas, encomendados especialmente para essa (nova) publicação. Passados 80 anos desde o lançamento da mais célebre obra de Sérgio Buarque de Holanda, essa edição demonstra, por meio de notas e anotações, as alterações e mudanças pelas quais o livro passou entre a primeira e as seguintes edições. A edição crítica da Companhia das Letras pode ser acessada aqui. Matérias sobre essa nova edição, publicadas na Folha de São Paulo e no Estado de São Paulo, podem ser acessados pelos links. Confira material visual ao clicar em leia mais Textos Básicos de Antropologia Celso Castro (organizador) Rio de Janeiro: Zahar, 2016, 272p. Publicado na Coleção "Textos Básicos" da Editora Zahar, "Textos Básicos de Antropologia", organizado por Celso Castro, é uma coletânea com textos de Morgan, G. E. Smith, Boas, Durkheim, Radcliffe-Brown, Mauss, Malinowski, Benedict, Evans-Pritchard, Firth, Lévi-Strauss, Dumont, Turner, Geertz e Sahlins. Embora a maior parte dos textos já esteja traduzida, há novidades (como trecho da etnografia sobre os andameses de Radcliffe-Brown e texto de Grafton Elliot Smith, um dos expoentes da chamada escola difusionista). Um dos grandes méritos da obra é seu uso para fins didáticos e reunir, em um único volume, textos fundamentais da disciplina. O sumário pode ser consultado aqui. Cite-se, ainda, as iniciativas da Editora Zahar em publica coletâneas de textos inestimáveis do Evolucionismo Cultural, de Franz Boas e da Escola de Cultura e Personalidade, que podem ser visualizadas clicando-se nos links de direcionamento marcados. |
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