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Oração de traficante. Uma etnografia Vital, Christina Rio de Janeiro: Garamond, 2015. 432p. Fruto de longa pesquisa etnográfica realizada em Acari e no Morro de Santa Marta, favelas localizadas na cidade do Rio de Janeiro, "Oração de Traficante", de Christina Vital, trata das mudanças relativas às formas através das quais as religiões emergem em diferentes contextos nas cidades, atentando para o esgarçamento das fronteiras entre religião e crime, religião e violência, religioso e secular. Ao enfrentar essas e outras questões, Vital explora aspectos multifacetados das relações entre religião e política, tal como concebida, particularmente, por neopentecostais. Além de apresentar extensamente o universo estudado, o livro, decorrente de tese de doutorado em ciências sociais defendida pela autora em 2009, examina as redes e instituições formadas a partir das igrejas nas favelas, a expressão de uma fé evangélica pentecostal entre traficantes, as transformações das experiências com o sagrado e as mudanças nas formas de pertencimento religioso. Acesse um trecho do livro aqui e resenha sobre a obra, publicada em Horizontes Antropológicos. Confira também reportagem sobre o livro e entrevista com a autora neste link.
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A escrita da cultura James Clifford e George Marcus (ed.) Rio de Janeiro: Papéis Selvagens Edições/Eduerj, 2016, 388p. A tradução da seminal obra organizada por James Clifford e George Marcus em 1986 finalmente é traduzida para o português em cuidadosa edição da Papéis Selvagens e da Editora da UERJ. O livro, que surgiu em meio a um campo crescente de etnografias experimentais, de reflexões em torno das relações entre antropologia e colonialismo e de críticas aos predicados epistemológicos e políticos implícitos nas tentativas de representar o outro, impulsionou debates sobre temas relativos à reflexividade, à epistemologia, à cultura, à etnografia, à historicidade do conhecimento antropológico e, em especial, sobre as dimensões políticas e a poéticas da etnografia. A evocação da escrita da cultura e da cultura da escrita, tal como expressa no título, aponta para outra dimensão fundamental desse empreendimento associado ao pós-modernismo em antropologia, na qual se acentuam os recursos discursivos, literários e retóricos subjacentes (mas não necessariamente explicitados) à construção do objeto antropológico. Questionam-se, assim, a aceitação tácita das fronteiras entre a escrita etnográfica e formas narrativas análogas, bem como o privilégio político e epistemológico do ponto de vista do observador. Writing Culture despertou reações diversas, muitas vezes antagônicas. Seja como for, tornou-se ponto de referência obrigatório, um marco de uma época de questionamento radical dos cânones antropológicos. A edição da Papéis Selvagens e da Editora da UERJ, portanto, não só recupera um momento fundamental da história da antropologia como repercute a atualidade de diversas questões enfrentadas pela obra. O livro, que conta com prefácio assinado por Maria Claudia Coelho, tradutora da obra, faz parte da Coleção Kalela. |
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