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Pensamento social no Brasil por Giralda Seyferth: notas de aula Bahia, Joana; Menasche, Renata; Zanini, Maria Catarina (orgs.) Porto Alegre: Letra Viva, 2015. 256p. O livro consiste na transcrição das aulas proferidas no curso Pensamento Social no Brasil, ministrado por Giralda Seyferth na Universidade Federal de Pelotas em 2012. Fonte inestimável de estudos, o livro está dividido em cinco capítulos, cada qual dedicado, respectivamente, aos seguintes pensadores: 1) Perdigão Malheiro e Joaquim Nabuco; 2) João Batista Lacerda, Sílvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha; 3) Oliveira Vianna, Manuel Bonfim e Edgar Roquete-Pinto; 4) Gilberto Freyre; 5) Fernando de Azevedo, Emílio Willems, Florestan Fernandes, Oracy Nogueira, Roger Bastide e Thales de Azevedo. A obra conta ainda com um breve capítulo, assinado por Joana Bahia, acerca da obra, dos temas de interesse e da trajetória de G. Seyferth. Acesse seu conteúdo integral aqui.
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Matar o morto - uma etnografia do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro Medeiros, Flavia Niterói: Eduff, 2016. 221p. A rotina e os meios de funcionamento do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IMLAP), no Rio de Janeiro, são fruto de atenção de estudo etnográfico minucioso de Flavia Medeiros. Baseado em trabalho de campo realizado no IMLAP, a autora retrata os meandros do funcionamento do Instituto. Por meio da descrição da rotina e dos modos de tratar os falecidos o livro visa compreender como se realiza o processo de "matar o morto", ou seja, como se desenvolve um conjunto de procedimentos que visa identificar o corpo e a causa de sua morte. 'Não reclamado', 'não identificado', 'baleado', 'presunto', 'putrefato', 'carbonizado', 'suicida', 'morte indeterminada'. A diversidade de situações encontrada pela autora revela que os mortos não são todos iguais e que os corpos falam sobre as condições das mortes e das vidas. Medeiros articula a capacidade de estranhar com a possibilidade de ser afetado pelo campo. Os meandros da realização da pesquisa em um local pouco usual são explicitados, bem como as maneiras pelas quais os funcionários do IMLAP, mesmo tão acostumados a lidar com cadáveres, são também afetados pelos mortos, por suas histórias e relações sociais. Os processos institucionais de identificação de cadáveres analisados pela autora permitem pensar o papel social dos mortos, que não se restringe a indicar a transitoriedade da vida. Os ritos e os cuidados analisados por Flavia Medeiros demonstram que a posição social do falecido explica que há vida após a morte - uma vida que não tem a ver com crenças na ressurreição ou reencarnação, mas sim com a recomposição de tramas sociais nas quais todos estão envolvidos. Leia a apresentação, o prefácio e o prólogo da obra aqui. Nas tramas do crack: etnografia da abjeção Rui, Taniele São Paulo: Terceiro Nome, 2014. 400p. Fruto de tese em antropologia, agraciada com o Prêmio Capes, defendida na Universidade Estadual de Campinas em 2012, Nas tramas do crack, de Taniele Rui, é baseado em trabalho de campo realizado em Campinas e em São Paulo com usuários de crack. A autora atenta para a diversidade de experiências de usuários e para permeabilidade de fronteiras corporais e suas conexões com processos sociais e simbólicos. Os poderes do crack e seus efeitos invertem radicalmente concepções de autonomia individual, escapando às nossas noções de higiene, cuidado corporal e de sujeira. Corpos abjetos, epítomes de uma alteridade radical, perturbam ficções de identidade, sistema e ordem. Afastando-se da chave de leitura calcada na denúncia/desconstrução, Taniele Rui problematiza os nexos entre representações, reações e investimentos sobre usuários de crack e os aparatos repressivo, assistencial, midiático, sanitário e médico dirigidos a esses sujeitos. Diferentemente de outras obras, cuja atenção é voltada prioritariamente para a observação do consumo recreativo de drogas sob o prisma da sociabilidade e do estilo de vida de camadas médias urbanas, o livro preenche um vazio bibliográfico sobre o consumo abusivo de crack a partir da observação em locais de uso e venda dessa substância. Os corpos de usuários de crack são produtores de territorialidades, de gestões do corpo e de alteridades, constituindo-se por meio de relações com a droga, com seus espaços de uso e com as redes de solidariedade e de prestação mútua. Resenhas da obra foram publicadas em Cadernos CRH, Cadernos de Campo e Revista de Antropologia. Nessa entrevista, a autora fala sobre sua tese, que deu origem à obra. Adquira a obra, que faz parte da Coleção Antropologia Hoje, no site da Editora Terceiro Nome |
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