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Nas tramas do crack: etnografia da abjeção Rui, Taniele São Paulo: Terceiro Nome, 2014. 400p. Fruto de tese em antropologia, agraciada com o Prêmio Capes, defendida na Universidade Estadual de Campinas em 2012, Nas tramas do crack, de Taniele Rui, é baseado em trabalho de campo realizado em Campinas e em São Paulo com usuários de crack. A autora atenta para a diversidade de experiências de usuários e para permeabilidade de fronteiras corporais e suas conexões com processos sociais e simbólicos. Os poderes do crack e seus efeitos invertem radicalmente concepções de autonomia individual, escapando às nossas noções de higiene, cuidado corporal e de sujeira. Corpos abjetos, epítomes de uma alteridade radical, perturbam ficções de identidade, sistema e ordem. Afastando-se da chave de leitura calcada na denúncia/desconstrução, Taniele Rui problematiza os nexos entre representações, reações e investimentos sobre usuários de crack e os aparatos repressivo, assistencial, midiático, sanitário e médico dirigidos a esses sujeitos. Diferentemente de outras obras, cuja atenção é voltada prioritariamente para a observação do consumo recreativo de drogas sob o prisma da sociabilidade e do estilo de vida de camadas médias urbanas, o livro preenche um vazio bibliográfico sobre o consumo abusivo de crack a partir da observação em locais de uso e venda dessa substância. Os corpos de usuários de crack são produtores de territorialidades, de gestões do corpo e de alteridades, constituindo-se por meio de relações com a droga, com seus espaços de uso e com as redes de solidariedade e de prestação mútua. Resenhas da obra foram publicadas em Cadernos CRH, Cadernos de Campo e Revista de Antropologia. Nessa entrevista, a autora fala sobre sua tese, que deu origem à obra. Adquira a obra, que faz parte da Coleção Antropologia Hoje, no site da Editora Terceiro Nome
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