Bronislaw Malinowski nasceu na Cracóvia em 1884. Após obter o doutoramento em física e matemática na Polônia, em 1908, interessou-se pela antropologia ao ler "O Ramo de Ouro", de Sir James George Frazer (1854-1941). Em 1910, foi admitido na London School of Economics (LSE) e tornou-se antropólogo. Na Inglaterra, Malinowski manteve contato com os maiores expoentes da disciplina da época, como Charles G. Seligman (1873-1940), figura fundamental na obtenção de financiamento da pesquisa de campo de Malinowski, para quem este último dedicou sua obra mais conhecida, Argonautas do Pacífico Ocidental. Sua pesquisa de campo coincidiu com o início da I Guerra Mundial iniciou sua pesquisa. Na Nova Guiné, Malinowski esteve, por seis meses, entre os Mailu, antes de seguir para as Ilhas Trobriand, onde permaneceu realizando pesquisa de campo intensiva por quase dois anos, intercalando suas expedições com estadias na Austrália. Logo após regressar à Inglaterra e retomar suas atividades docentes, publicou, em 1922, sua canônica monografia, Argonautas do Pacífico Ocidental. Cinco anos depois, foi indicado para a primeira cadeira de Antropologia criada na LSE. Já consagrado, lecionou e orientou toda uma geração de antropólogos e publicou outras obras importantes, como Sexo e Repressão na Sociedade Selvagem (1927), A Vida Sexual dos Selvagens (1929) e Jardins Corais e sua Magia (1935), obra nunca traduzida para o português. Malinowski morreu em 1942 em New Haven, onde lecionava na Universidade de Yale. A principal monografia de Malinowski foi publicada em português pela primeira vez em 1976, no âmbito da famosa coleção "Os Pensadores", da Abril Cultural. Mais recentemente, a Ubu Editora publicou nova edição. Quanto a Jardins Corais, um pequeno excerto dessa obra foi publicada no livro Textos Básicos de Antropologia, editado recentemente pela Zahar. Pesquise a Estante Virtual, entretanto, caso tenha interesse em livros como Um Diário no Sentido Estrito do Termo (São Paulo: Record, 1997) Saiba mais clicando no botão à direita (leia mais).
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Marilyn Strathern (1941) trabalhou em grande medida com nativos da Papua Nova-Guiné, tendo realizado pesquisa de campo de longa duração com os Hagen. Formada no Girton College, foi professora da Universidade de Manchester e da Universidade de Cambridge, onde lecionou por boa parte de sua carreira. É autora de diversas obras que exerceram impacto duradouro no âmbito dos estudos sobre a Melanésia e da teoria antropológica como um todo. A autora, agraciada com o título de Dame, também é conhecida por seus diálogos com o feminismo e por sua produção sobre o parentesco e as tecnologias reprodutivas no Reino Unido. Mais detalhes sobre as obras, artigos e entrevistas disponíveis em português podem ser visualizadas clicando-se em "leia mais". |
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October 2020
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